O tempo é uma coisa engraçada.
O tempo prega peças na gente.
O tempo é um excelente ator...
O tempo vai andando assim devagar e depois, como criança levada, começa a correr e a correr e foge do controle da gente.
O tempo corre tanto que a gente nunca alcança - embora ele sempre alcance a gente.
O tempo dissimula, disfarça, esconde, se esconde. Mas o tempo nunca engana.
O tempo é professor, ensina coisas. Espera cada um de nós fazer a sua parte, mesmo que isso tome todo o seu tempo, além de todo o nosso.
O tempo, às vezes, dá duras lições; o tempo bate na gente.
Tempo, tempo, tempo.
E de novo. Mas a gente é mau aluno, e não aprende.
O tempo nos revolta, nos indigna, o tempo nunca espera.
O tempo acalma. O tempo nos dá tempo, nos faz respirar, nos dá a possibilidade de acertar.
O tempo nos traz um dia após o outro, outro dia depois desse, infaltavelmente. Podemos contar com ele.
O tempo é amigo, é piedoso. O tempo conhece o nosso tempo.
Aquele outro tempo, que não é externo, que está em nós. O tempo que é um coração, o tempo que é indeciso, e que precisa de tempo.
O tempo deixa marcas na gente - mas a gente quase nunca deixa marcas no tempo. A gente passa.
A gente passa.
A gente sempre passa.
Isso é difícil de aceitar.
Meu Deus, e o tempo fica.
O danado do tempo sempre fica.
O tempo nos ensina a andar, o tempo nos ensina a falar, e a guardar.
O tempo nos ensina a viver, mas não nos ensina a morrer.
O tempo é tão irônico!
O tempo faz a gente de brinquedo. Mas a gente deve brincar com o tempo também, o tempo é uma grande brincadeira. Vamos rir com o tempo.
O tempo é uma massinha que a gente molda. Cada um com seu pedacinho de tempo faz dele uma coisa diferente, de uma forma diferente, conforme a sabedoria de suas mãos permite... Ou não permite.
E acaba que descobrimos, porém, que o tempo é teimoso. É difícil torcer o tempo. E o tempo acaba. A quantidade de massinha é muito pouca. Tia, dá mais!
O tempo é marrento, o tempo não recebe amarras. O tempo não ouve súplicas.
O tempo é soberbo. O tempo é supremo.
O tempo nos deixa frustrados.
Mas o tempo nos completa.
O que seria de nós todos sem o tempo?
Páginas soltas de uma história não contada, pontos perdidos de uma frase não escrita. Pontos perdidos, pontos... esparsos...
O tempo é o narrador de todas as histórias. O tempo conta histórias, além de ser uma.
O tempo é um eterno vovô.
Que, inclusive, faz de suas chantagens emocionais conosco, vem rezar suas ladainhas, exigir-nos o nosso dever. Que exerce seu frustrante poder sobre nós e às vezes nos faz deixar de escolher o que muito queremos, deixar de fazer... tanta coisa.
Não dá tempo.
Não dá, tempo.
O tempo não dá.
O tempo é muito chato.
Eu odeio o tempo. E o ódio é uma outra face do amor.
O tempo não conhece limites.
O tempo conhece os limites da gente.
O tempo é um grande limite, o tempo limita a gente.
O tempo é cruel, mas não é tão cruel assim. Só um pouquinho.
Pois o tempo é um troféu, um êxito. É uma peça rara, mesmo que tão abundante. Quem sabe lidar com ele tem um tesouro nas mãos. Quem vive bem o seu tempo é sábio. Quem tem muito tempo é alguém de sorte.
Pois o tempo não é muito comprido, para nós, mas o tempo é largo.
Nele cabem muitas coisas. Uma vida.
O tempo nos dá uma vida. Uma vida inteira. Uma vida interrompidamente - por ele, é claro, o maestro do espetáculo.
O espetáculo que por mais simples que seja sempre merece aplauso. O espetáculo que é um presente. Um presente sem igual. Para todos os aniversários.
O tempo é um infinito livro, em que escrevemos um pouquinho, em que muito já está escrito, muito ainda está em branco. Um livro que também podemos ler. O tempo nos auxilia no conhecimento.
Mas, nem sempre. A gente é mau aluno, e nem sempre aprende.
O tempo nos ensina a viver, mas não nos ensina a morrer.
O tempo é tão irônico!
O tempo faz a gente de brinquedo. Mas a gente deve brincar com o tempo também, o tempo é uma grande brincadeira. Vamos rir com o tempo.
O tempo é uma massinha que a gente molda. Cada um com seu pedacinho de tempo faz dele uma coisa diferente, de uma forma diferente, conforme a sabedoria de suas mãos permite... Ou não permite.
E acaba que descobrimos, porém, que o tempo é teimoso. É difícil torcer o tempo. E o tempo acaba. A quantidade de massinha é muito pouca. Tia, dá mais!
O tempo é marrento, o tempo não recebe amarras. O tempo não ouve súplicas.
O tempo é soberbo. O tempo é supremo.
O tempo nos deixa frustrados.
Mas o tempo nos completa.
O que seria de nós todos sem o tempo?
Páginas soltas de uma história não contada, pontos perdidos de uma frase não escrita. Pontos perdidos, pontos... esparsos...
O tempo é o narrador de todas as histórias. O tempo conta histórias, além de ser uma.
O tempo é um eterno vovô.
Que, inclusive, faz de suas chantagens emocionais conosco, vem rezar suas ladainhas, exigir-nos o nosso dever. Que exerce seu frustrante poder sobre nós e às vezes nos faz deixar de escolher o que muito queremos, deixar de fazer... tanta coisa.
Não dá tempo.
Não dá, tempo.
O tempo não dá.
O tempo é muito chato.
Eu odeio o tempo. E o ódio é uma outra face do amor.
O tempo não conhece limites.
O tempo conhece os limites da gente.
O tempo é um grande limite, o tempo limita a gente.
O tempo é cruel, mas não é tão cruel assim. Só um pouquinho.
Pois o tempo é um troféu, um êxito. É uma peça rara, mesmo que tão abundante. Quem sabe lidar com ele tem um tesouro nas mãos. Quem vive bem o seu tempo é sábio. Quem tem muito tempo é alguém de sorte.
Pois o tempo não é muito comprido, para nós, mas o tempo é largo.
Nele cabem muitas coisas. Uma vida.
O tempo nos dá uma vida. Uma vida inteira. Uma vida interrompidamente - por ele, é claro, o maestro do espetáculo.
O espetáculo que por mais simples que seja sempre merece aplauso. O espetáculo que é um presente. Um presente sem igual. Para todos os aniversários.
O tempo é um infinito livro, em que escrevemos um pouquinho, em que muito já está escrito, muito ainda está em branco. Um livro que também podemos ler. O tempo nos auxilia no conhecimento.
Mas, nem sempre. A gente é mau aluno, e nem sempre aprende.
E o que mais quer aprender, que ironia!, o tempo não sabe ensinar. O tempo não nos diz como dizer adeus. O tempo não facilita a despedida.
O tempo é um professor engraçado!
Um professor que não sabe escutar mas nos deixa ouvir. Nos deixa ouvir a nós mesmos.
O tempo nos envolve.
O tempo nos deixa enrolados.
O tempo não é passado quando deixa um rabinho.
O tempo não é passado senão quando já não resta mais.
E não é presente senão quando nele de fato estamos. Quando desfazemos o embrulho.
E o tempo jamais será futuro.
O tempo é.
O tempo está aqui.
O tempo permanece.
O tempo é uma constante. Uma constante que revoluciona-se, e não muda. Tempo atrás de tempo atrás de tempo. Para sempre.
Nada mudou.
Nada muda.
Só a gente.
A gente muda.
A gente muda muito, a gente sempre muda. A gente muda o tempo todo, o tempo todo muda a gente, a gente muda para sempre.
E coitado o tempo fica aí parado. Parado eternamente. Isso deve ser um pouco entediante.
O tempo não muda, não muda nunca. O tempo não morre.
No fim das contas, o tempo é um companheiro fiel, ele nunca nos deixa.
O tempo...
Ah, o tempo é mesmo muito engraçado!
Que bonito :)
ResponderExcluirAdorei! (Deu tempo de deixar um comentário)
ResponderExcluirAdorei o texto! Parabéns!
ResponderExcluirQue texto maravilhoso!
ResponderExcluirMuito obrigada a todos pelo carinho!
ResponderExcluirTexto maravilhoso Vic!!!
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